quinta-feira, 1 de novembro de 2012

As primeiras rugas


Começam-me a aparecer rugas. Nada que não devesse acontecer. Os 25 anos anunciam o decair progressivo da juventude e a exigência dos últimos meses veio com este brinde! Não é que me preocupe, sou até um pouco freak no que toca a envelhecer_ eu gosto. Gosto de rugas e cabelos brancos nas pessoas. Gosto de lhes ler as histórias por detrás desses sinais_ mãos grandes e pele seca de um trabalho físico, rugas preocupadas ou desconfiadas na testa numa expressão de dúvida permanente, sorrisos lavrados na pele por covinhas e os pés de galinha de quem não se escondeu da luz.

Ocorreu-me hoje que não lhes quero fazer frente. Não me quero ralar com isso e não vou ultrapassar a barreira dos cremes, já que eu própria me auto-oxido permanentemente com pouco sono, muito café, stress que abala o sistema adrenérgico mais robusto. E a par dos nervos de aço, quero ter rugas igualmente vincadas.

Sendo assim, e como já em tempos me propuseram, vou investir nelas e lavrar rugas fortes e felizes. Desafio-vos a fazer o mesmo.
Isto de envelhecer é bom...amadurecem-se as escolhas, definem-se mais as convicções, selecciona-se mais o tempo e a companhia para lazer, refinam-se os gostos e assume-se o que não se gosta. Os sins são mais seguros, os nãos são mais convictos. Valoriza-se o descanso, revigoriza-se com o trabalho. Tem-se mais prazer em dar, desprivilegia-se o receber. Crescer é bom, ainda que traga umas quantas rugas de preocupação, angústia, dor, frustração. São todas minhas_essas e as boas! Quem mas ler na cara tem um bonito romance com que se entreter. Vou trabalhar nisso!




(E já agora, contribuir para as "vossas" rugas felizes).

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